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domingo, 31 de março de 2013
COMUNICADO À ADMINISTRADORA DO RELIARTEEORACÃO
COM SATISFAÇÃO INFORMAMOS QUE A OPERACIONALIDADE DESTE BLOG FOI RESTABELECIDA E ENVIAMOS MENSAGEM CONDIZENTE COM A FORMAÇÃO CRISTÃ DA ADMINISTRADORA.
AGRADECEMOS PELA PREFERÊNCIA AOS NOSSOS PRODUTOS.
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sexta-feira, 8 de março de 2013
DIA INTERNACIONAL DA MULHER...
“Não
se nasce mulher, torna-se mulher”. Essa frase do livro de Simone de
Beauvoir, “O segundo sexo” escrito em1949, foi uma bandeira nas
manifestações feministas. Muito se conseguiu depois disso; igualdade de
trabalho, de direitos, de respeito e de cidadania. Depois de muitos
sutiãs queimados, as mulheres continuaram mulheres e os homens
continuaram homens... felizmente.... Há diferenças que devem ser
mantidas para não se perder a graça.
Tenho a ousadia de tomar
para mim a frase de Simone de Beauvoir, transformada com o que penso.
Talvez até na contramão do que ela realmente simbolizou. Nos tornamos
mulheres, quando parimos....mesmo quando não somos mães. Quando parimos
amor, compreensão, perdão.... Me refiro à maneira feminina de amar, que
alguns homens privilegiados também possuem; essa capacidade de se
colocar no lugar do outro e compreender sem preconceitos e julgamentos.
De perdoar mesmo sentindo dor...Dor é nossa especialidade; físicas ou
emocionais, por mais intensas que sejam, o sexo frágil vira um gigante.
Nos tornamos mulher, quando parimos a capacidade de sendo uma, nos
transformarmos em duas, três...muitas... Só nós conseguimos fazer várias
coisas ao mesmo tempo....e bem! Somos “mulheres tornadas”, quando
parimos a “bruxa” que existe em cada uma de nós, que adivinha, prevê,
intui.... usando sensibilidade e intuição com sabedoria. Quando parimos
indignação, e não tememos a luta em prol da dignidade, ética, justiça e
respeito. Somos “mulheres que se tornaram”, quando parimos filhos, do
nosso ou de outro ventre... Parir é dar à luz, é iluminar... .a vida de
alguém...
Nos tornamos mulheres quando assumimos nossa
sensualidade ...sem culpa e sem vulgaridade...No livro “Amêndoa”, a
personagem Badra, vivendo na segunda metade do século xx, lamenta as
mulheres reprimidas de seu tempo e de sua terra; _”essa calamidade que
chamam decência, só se impõem às mulheres para fazer delas múmias
maquiadas de olhos vazios”. Tanto quanto a repressão, a vulgaridade e o
exagero na exposição de bundas e peitos de tamanhos estratosféricos que
aparentam ter vida própria, parece também fazer das mulheres bonecas
de corpos inflados e cabeças vazias. Não estou me referindo à vaidade;
essa é absolutamente parte do universo feminino, é conseqüência da auto
estima... cuidamos do que amamos.... não é incompatível com capacidade
de trabalho, nem com conhecimento ou inteligência. Podemos sim presidir,
faxinar, gerir, educar, curar, dirigir, pintar, costurar, cozinhar,
construir etc...com os lábios vermelhos ou cor de rosa....batom não
diminui o rendimento; nem a atividade física, nem aquela correção
cirúrgica, nem as roupas da moda, o corte do cabelo, os preciosos
cremes........ Aquela bolsa é o seu sonho de consumo? Se podes tê-la e
vai te deixar feliz, porque não? Podemos ouvir a Nona Sinfonia de
Beethoven, ler Dostoiévski, admirar uma obra de Rembrand, assistir um
filme de Almodovar ...de saltos altos...
E o homem.... esse
nosso parceiro impaciente, metódico, dono da verdade e que não se
equilibra em saltos altos; ele que é de Marte enquanto a mulher é de
Vênus, como na música de Edith Piaf , “C’est lui que mon coeur a
choisi...”
Parabéns à todas as mulheres. Parabéns cunhadas,
primas, sobrinhas, sobrinhas netas, em dobro àquela que espera minha
sobrinha bisneta Maria, parabéns minhas amigas, parabéns minhas
ajudantes... Minha gratidão às mulheres da minha vida; aquelas que me
deram vida e aquelas que tornaram mais feliz a minha vida; Rosa, Joana,
Maria, Mafalda, Maria Fernanda, Luciana, Thereza, Maria Luiza e Ana
Julia. Exceto as pequenas que certamente se tornarão, são todas exemplo
de mulheres que se tornaram.
Rosa Marin Emed.
Curitiba,8 de março de 2013.
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