segunda-feira, 9 de setembro de 2013

MAIS UMA PÉROLA DA AMIGA ,ROSA MARIN EMED......



          Hoje li em algum lugar o verso de Vinicius de Morais; “A vida é a arte do encontro embora haja tanto desencontro pela vida” ; me lembrei de um encontro inesperado e inusitado que aconteceu há quase 38 anos, no dia do meu casamento....
            Meus pais tiveram um longo e feliz casamento, uma relação que beirava a perfeição; muito unidos só se separaram com o inevitável da morte e por pouco tempo, pois um não suportou a ausência do outro. Meu pai foi o único namorado de minha mãe; no entanto ele quase uma década mais velho do que ela, teve pelo menos mais uma namorada, e eu a conheci.
          Casei num domingo ao meio dia, e aos moldes dos casamentos das moças casadoiras, das famílias da pequena Herculândia do início dos anos setenta. Igreja decorada e noiva idem; o toque de ousadia, e tinha que ter, foi a cor do vestido da noiva; amarelo. Padrinhos, convidados, bolo enorme e verdadeiro em toda sua extensão, docinhos miúdos e a famosa bala de côco enrolada em papel crepom e ...churrasco. Festa no barracão da olaria São José pertencente ao meu sogro, no Barro Preto. Convidados chegavam até em carrocerias de caminhão...desconfio que a cidade toda. Penetras? Claro! E muito bem recebidos! A própria família servia os convidados; soube que um não- convidado disse à um dos “garçons”:_”Me sirva bem porque eu sou primo do noivo”.E ouviu a resposta;_”Muito prazer; eu sou o tio do noivo”. E o tio Neno, serviu muito bem o primo desconhecido.  O casamento civil aconteceu no dia anterior no cartório de Registro Civil Cesar Geres, mas os noivos só eram considerados casados depois da cerimônia religiosa. No sábado depois do "papel passado", houve uma recepção na casa dos meus pais para os padrinhos e familiares, resultando na casa repleta.
              Minha cunhada Lycia, irmã de meu marido, estava noiva de um jovem médico, hoje seu marido Fernando, que residia em Adamantina e trabalhava em Herculândia; ele e seus pais, Dona Francisca e o Sr Joaquim Jacinto, foram convidados para as duas recepções. Durante a recepção na casa dos meus pais, depois de apresentadas, Dona Francisca conversava animadamente com minha mãe em meio a algazarra da espanholada quando descobriram que ambas haviam morado na mesma cidade quando muito jovens, e seus maridos também; em Catanduva._” De que família são vocês”, perguntou Dona Francisca à minha mãe. _”Eu sou Gasquez e meu marido é Marin Viscaino” “Qual deles? “ pergunta Dona Francisca. _”O José” E Dona Francisca diz em alto e bom tom;”O José Marin Viscaino foi meu namorado”...Silêncio na sala.....Silêncio quebrado pela gargalhada de minha mãe que foi seguida por todos nós. E o melhor veio a seguir quando descobriram que o senhor Joaquim fora um grande amigo de meu pai e seus irmãos, em sua juventude. Houve uma enorme confraternização entre os amigos que não se viam há cerca de quarenta anos.Infelizmente nenhum deles está mais aqui pra confirmar esta história.
              O Poetinha estava certo....Avida é a arte do encontro......
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OBRIGADA ROSINHA POR SER MINHA AMIGA ,POIS ALÉM DESSA GRAÇA DE DEUS,AINDA ENRIQUECE MEU BLOGUINHO,QUE INSISTO EM MANTER VIVO......

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