A Tragédia de Santa Maria
Apenas
algumas observações sobre este infausto acontecimento. Li há pouco
comentário de um cidadão conclamando autoridades a elaborar Leis de
emergência regulamentando o uso de estabelecimentos destinados a shows,
eventos... Claro que o cidadão desconhece que Leis, Decretos,
Regulamentos, Normas, temos à exaustão. Faltam sim, exigir seu
cumprimento, extinguir a impunidade e o propinoduto. Já nos anos 50, 60,
o Cine São Luiz de Herculândia continha duas portas laterais de saída,
além da principal. 
Creio
que dois minutos seriam suficientes para o abandono do salão, com
lotação plena. Não me refiro a Santa Maria, não conheço detalhes,
generalizo.
Que todos, principalmente os jovens,
fiquemos atentos ao adentrarmos locais fechados onde se reúnem muitas
pessoas e exerçamos nossa fiscalização, afinal, os interessados somos
nós e a partir desta segunda maior tragédia ocorrida em nosso País,
jamais deveremos nos omitir e na pior das hipóteses, melhor nos
retirarmos.
Sempre ouvimos dizer que o pessoal do
Sul é diferenciado de nós, das demais regiões brasileiras e sem querer
nos desmerecer, pelo que vi das reportagens, creio, faz-se justiça aos
que afirmam tal observação.
Presenciei exemplos emocionantes, uma
senhora oferecendo água, outros sanduíches, alguns franqueando suas
residências para pousos, muitos dando caronas, um jovem que foi
hospitalizado por excesso de esforço físico quebrando parede, aquele
soldado do Exército que após salvar sua noiva retornou para ajudar e
acabou falecendo, um segurança que também perdeu a vida ao salvar
desmaiados...
Não se registrou nenhum saque, nenhum
furto, ninguém se aproveitando para levar vantagens, enfim,
comportamentos dignos de gente evoluída e que nos servem de exemplo.
Não que, dentre nós, das demais
regiões, não tenhamos quem age assim, claro que temos e muita gente,
entretanto, em tragédias ocorridas nos últimos três anos, fatores
negativos foram anotados, inclusive aqui bem pertinho, São Luiz do
Paraitinga, onde casos foram presenciados de se aproveitarem daquele
povo que sofria desbragadamente.
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