quinta-feira, 19 de julho de 2012

OS DOZE PRATOS....

OS DOZE PRATOS
Um príncipe chinês orgulhava-se de sua coleção de porcelana, de tão rara quão antiga procedência, constituída por doze pratos assinalados por grande beleza artística e decorativa.
Certo dia, o seu zelador, em momento infeliz, deixou que se quebrasse uma das peças. Tomando conhecimento do desastre e possuído pela fúria, o príncipe condenou à morte o dedicado servidor que fora vítima de uma circunstância fortuita.
A notícia tomou conta do Império, e às vésperas da execução do desafortunado servidor, apresentou-se um sábio bastante idoso que se comprometeu a devolver a ordem à coleção, se o servo fosse perdoado.
Emocionado, o príncipe reuniu sua corte e aceitou a oferenda do venerando ancião. Este solicitou que fossem colocados todos os pratos restantes sobre uma toalha de linho, bordada cuidadosamente, e os pedaços da preciosa porcelana fossem espalhados em volta do móvel.
Atendido na sua solicitação, o sábio acercou-se da mesa, e num gesto inesperado, puxou a toalha com as porcelanas preciosas, atirando-as bruscamente sobre o piso de mármore e arrebentando-as todas. Ante o estupor que tomou conta do soberano e de sua corte, muito sereno o ancião disse:
- Aí estão senhor, todos iguais conforme prometi. Agora podeis mandar matar-me. Desde que essas porcelanas valem mais do que as vidas, e considerando-se que sou idoso e já vivi além do que deveria, sacrifico-me em benefício dos que irão morrer no futuro, quando cada uma dessas peças for quebrada. Assim, com a minha existência, pretendo salvar doze vidas, já que elas diante desses objetos nada valem.
Passado o choque, o príncipe, comovido, libertou o velho e o servo, compreendendo que nada há mais precioso do que a vida em si mesma.
Fica aqui a lição compreendida através desta comovente história: Coisas valem mais que pessoas?
Tenho observado o comportamento de determinadas pessoas da sociedade e chegado a esta conclusão: De que para alguns, coisas e até mesmo animais; aves e outros valem muito mais do que pessoas.
Muitos são capazes de gastar verdadeiras fortunas com objetos, no entanto, tão pouco dispostas a fazer o mesmo empreendimento na melhoria de um semelhante. Tratam com muito carinho e dignidade um animal de estimação, mas não conseguem fazer o mesmo com um empregado ou um estranho que bate à sua porta. Quantos maridos, que passam uma tarde inteira lavando, encerando e perfumando seu carro, mas não conseguem dar um tratamento de carinho e cuidado com os seus.
Quando Jesus entregou sua vida por este mundo ele não o fez pelas coisas deste mundo, mas sim, pelas pessoas deste mundo.
Neste instante ao ler este artigo, pare um minuto, olhe ao seu redor. Valorize aqueles que estão próximos a você. E lembre-se: “Pessoas podem produzir coisas, mas coisas não produzem pessoas.” Tenha um ótimo dia!
“Porque Deus amou o mundo (pessoas) de tal maneira que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16)

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