“Tomar
a decisão de ter um filho, é algo que ira mudar a sua vida inteira de
forma inexorável. Dali para frente, para sempre, o seu coração caminhará
por caminhos fora do seu corpo...” E os filhos como pássaros, em algum
momento deixam o ninho e ensaiam seus primeiros vôos; é quando você
ouve o barulho da chave na porta e respira aliviada....Depois eles voam e
não voltam....mas o teu coração vai junto...
Procurei ensinar aos meus filhos o que eu sabia e tinha de melhor...porém foi com eles que aprendi o meu melhor melhorado; me doar, amar sem rédeas...ser mãe! Exagerada e atrapalhada no meu amor muitas vezes”meti os pés pelas mãos”; errei, exagerei, dosei, acertei, arrependi, pedi desculpas, dei vexame, me comovi, me sobressaltei, tive medos, chorei, ri,vivi... e em todas as ocasiões sempre tentando fazer o melhor. Aprendi com eles viver duas vidas, três, quatro vidas... por tempo suficiente até que os sentisse livres e independentes. Então tive que desaprender, para então deixá-los voar ...com suas próprias asas! Vôos cada vez mais distantes, até construírem seus próprios ninhos...não só material, mas principalmente o ninho emocional, aquele onde os pais são visitas....
Mas confesso que tal qual um cordão umbilical invisível, ainda me sobressalto à cada lágrima disfarçada, ainda reconheço e sofro quando a impaciência disfarça uma dor, quando o sorriso não é alegre, quando as palavras de “está tudo bem” contrariam o olhar fugidio. Acho graça diante das pequenas mentiras pra não me preocuparem, das “saídas estratégicas”... Nada me preocupa mais do que o olhar de tristeza de cada um deles, e como o reconheço... Conheço cada um dos meus três filhos mais do que à mim mesma e mais do que eles imaginam! Ainda vibro com suas vitórias e alegrias como se também fossem minhas. Ainda tenho ganas de defendê-los das maldades, das dores, da vida cada vez mais complicada; mas minhas asas já não bastam para protegê-los como antigamente, e esta foi a ultima e mais dura lição que aprendi com eles. Como Adélia Prado: _”Pior inferno é ver um filho sofrer sem poder ficar no lugar dele”. Aprendi também que ser mãe dura para sempre; mesmo quando a vida lhe tenha sugado parte de sua energia, a leoa que protegia os filhotes continua ali, atenta...disfarçada de frágil e doce senhora, mas pronta pra juntar forças e defender a cria, como puder....
Muitas vezes o que eu queria mesmo era poder tomá-los no colo e fazê-los dormir, mas só o que posso é desejar que seus sonhos sejam bons sonhos e que se realizem; senão, que sejam fortes para sonharem outros sonhos que os tornem felizes...sempre!!!
Rosa Marin Emed
Procurei ensinar aos meus filhos o que eu sabia e tinha de melhor...porém foi com eles que aprendi o meu melhor melhorado; me doar, amar sem rédeas...ser mãe! Exagerada e atrapalhada no meu amor muitas vezes”meti os pés pelas mãos”; errei, exagerei, dosei, acertei, arrependi, pedi desculpas, dei vexame, me comovi, me sobressaltei, tive medos, chorei, ri,vivi... e em todas as ocasiões sempre tentando fazer o melhor. Aprendi com eles viver duas vidas, três, quatro vidas... por tempo suficiente até que os sentisse livres e independentes. Então tive que desaprender, para então deixá-los voar ...com suas próprias asas! Vôos cada vez mais distantes, até construírem seus próprios ninhos...não só material, mas principalmente o ninho emocional, aquele onde os pais são visitas....
Mas confesso que tal qual um cordão umbilical invisível, ainda me sobressalto à cada lágrima disfarçada, ainda reconheço e sofro quando a impaciência disfarça uma dor, quando o sorriso não é alegre, quando as palavras de “está tudo bem” contrariam o olhar fugidio. Acho graça diante das pequenas mentiras pra não me preocuparem, das “saídas estratégicas”... Nada me preocupa mais do que o olhar de tristeza de cada um deles, e como o reconheço... Conheço cada um dos meus três filhos mais do que à mim mesma e mais do que eles imaginam! Ainda vibro com suas vitórias e alegrias como se também fossem minhas. Ainda tenho ganas de defendê-los das maldades, das dores, da vida cada vez mais complicada; mas minhas asas já não bastam para protegê-los como antigamente, e esta foi a ultima e mais dura lição que aprendi com eles. Como Adélia Prado: _”Pior inferno é ver um filho sofrer sem poder ficar no lugar dele”. Aprendi também que ser mãe dura para sempre; mesmo quando a vida lhe tenha sugado parte de sua energia, a leoa que protegia os filhotes continua ali, atenta...disfarçada de frágil e doce senhora, mas pronta pra juntar forças e defender a cria, como puder....
Muitas vezes o que eu queria mesmo era poder tomá-los no colo e fazê-los dormir, mas só o que posso é desejar que seus sonhos sejam bons sonhos e que se realizem; senão, que sejam fortes para sonharem outros sonhos que os tornem felizes...sempre!!!
Rosa Marin Emed
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