terça-feira, 15 de outubro de 2013

Uma história digna de ser copiada...

 


Outro dia foi o aniversário da partida de uma senhora por muitos conhecida e muito querida.


Algum tempo antes, chegando de uma das dezenas de consultas médicas que já fizera, ela disse aos familiares:


Pedi franqueza à junta médica que me examinou. Pedi-lhes que não me poupassem de saber a verdade sobre meu estado de saúde.


Eu sinto que me resta pouco tempo.


Diante dos olhares ansiosos, ela continuou:


- Eles me revelaram que sou portadora de uma moléstia incurável e que minha previsão de vida é de aproximadamente 4 meses.


E a senhora nos conta isso com esta naturalidade? Perguntou uma das filhas, em prantos.


Continuou a senhora, com muita serenidade:


- Ora, eu tenho um bom tempo para fazer tudo que já devia ter feito há muito.


Arrumarei todos os meus armários, guardarei o que uso e o restante jogarei fora ou doarei a quem precisa.


Colocarei belas cortinas em todas as janelas e elas impedirão de ficar olhando a vida alheia.


Todos os dias tirarei o pó da casa e durante esse trabalho, pensarei:


Estou me livrando das sujeiras que guardei no passado.


Evitarei ouvir e assistir más notícias e alimentarei o meu espírito com leituras saudáveis, conversas amigáveis, dispensarei fofocas e não criticarei a mais ninguém.


Pensarei naqueles que me magoaram e com sinceridade, os perdoarei.


Todas as noites agradecerei a Deus por tudo que estarei conseguindo fazer nestes últimos 4 meses que me restam.


Todas as manhãs ao acordar, perguntarei a mim mesma:


O que posso fazer para tornar o dia de hoje um dia melhor?


E farei de tudo para transmitir felicidade àqueles que de mim se aproximarem.


E a cada dia que passar farei pelo menos uma boa ação.


Quatro meses são mais de 120 dias, portanto, quando eu fechar os olhos para nunca mais abri-los, terei feito no mínimo 120 boas ações.


Todos que a ouviam, pouco a pouco se retiraram dali, indo cada um para um canto, para chorar sozinho.


A mulher ali ficou e nos seus olhos havia um brilho de alegria.


Pensava consigo mesma:


“Não posso curar o meu corpo, mas posso mudar a vida que me resta”


Ela tinha uma grande tarefa: transformar seu mundo interior tornar-se uma pessoa totalmente diferente do que já fora e em apenas 4 meses ela conseguiu cumpri-la plenamente.


O mais curioso dessa história é que, após a notícia dada aos familiares, ela viveu mais 23 anos.


Ela curou a sua própria alma e sua moléstia desapareceu;


Ela morreu de velhice.


 


 


"Somos o que fazemos repetidamente. Por isso o mérito não está na ação e sim no hábito”. (Aristóteles)


 

Nenhum comentário: