O JESUS DO BETO E O JESUS DA
BÍBLIA
Nossa cidade foi
abalada pelas declarações do famoso padre Beto quando ele expôs sua
posição na internet de forma aberta e inquestionável. Certamente
não concordamos com suas opiniões e não ficamos admirados pela repercussão
de seu discurso, pois como diz a Bíblia: “Nas muitas palavras não
falta transgressão, mas o que controla seus lábios é sensato”
(Provérbios 10:19). Não podemos aceitar suas posições sobre traição e amor
entre pessoas do mesmo sexo, pois certamente essas ideias são contrárias
aos ensinos da Bíblia. Creio firmemente que a interpretação do Beto é
muito mais à luz de uma filosofia humanista do que uma hermenêutica
bíblica.
O mais preocupante de
tudo são os comentários, tanto do ex-padre como de algumas pessoas,
principalmente sobre a pessoa de Jesus. Não faltaram aqueles que
defenderam o Beto, afirmando que Jesus é amor e que Ele rompeu com a
religião de sua época. Quando li essas falas fiquei pensando: Até que
ponto as pessoas que defendem o amor, a sexualidade e
Jesus à luz da interpretação do Beto de fato sabem o que
significa isso à luz da Bíblia e das palavras de Senhor
Jesus?
Por exemplo, Jesus
era um revolucionário? A questão na verdade é outra: Será que a revolução
aqui está numa perspectiva marxista, liberal e humanista ou numa
perspectiva paradigmática? Olhando as palavras de Jesus e Sua vida fica
evidente que Jesus não era um revolucionário nos moldes do Beto. Enquanto
ele pensa num Jesus liberal, que parece estar cercado de festa, bebedeira,
prostitutas e cobradores de impostos, como se isso fosse a pessoa real do
Senhor, faltou ao Beto a verdadeira análise. Jesus andava com essas
pessoas não porque queria se igualar a elas, mas porque veio salvar o que
estava perdido: “Os sãos não precisam de médico, mas sim os doentes;
eu não vim chamar justos, mas pecadores” (Marcos 2:17). Essas pessoas
precisavam conhecer o amor de Deus. Todavia, o amor de Deus não é cego e
inconsequente, mas olha bem a nossa condição pecaminosa e nos leva ao
arrependimento.
A revolução de Jesus era paradigmática,
ou seja, Ele veio derrubar os paradigmas humanos, construídos à luz de uma
interpretação humana – à semelhança do que Beto fez – e lançou as bases do
verdadeiro paradigma do Reino. Jesus disse: “Não penseis que vim
abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir” (Mateus
5:17). Ou seja, Jesus não criticou Moisés e a Lei do Antigo Testamento. O
problema não era o ensino do Antigo Testamento, mas a falta de
misericórdia dos fariseus, dos escribas e dos saduceus: “Ide, pois, e aprendei o que
significa: Quero misericórdia, e não sacrifícios. Porque eu não vim chamar
justos, mas pecadores” (Mateus
9:13).
Mas
uma interpretação literal dos ensinos de Jesus não seria falta de
misericórdia? Não, porque o Jesus do Beto olha o amor como um
sentimentalismo fraco e sem regras, onde tudo é permitido e aceito em nome
desse sentimento. Ou como ele mesmo disse: “Quem ama, não deve
satisfações a ninguém”. Oh! Beto, quem
ama deve satisfações sim! Como disse Paulo, o amor “não se
porta com indecência, não busca os próprios interesses... não se alegra
com a injustiça, mas congratula-se com a verdade” (1Coríntios 13:5,6). Se essas ações não
revelam uma preocupação com o outro, então não sei o que é amor. Quem ama
preocupa-se mais com o outro do que consigo
mesmo.
O
mais interessante é que o Jesus da Bíblia amava as pessoas, mas sempre as
chamou ao arrependimento e a mudança de vida. Por exemplo, ao coxo que
vivia no tanque de Betesda Ele disse: “Olha, já estás curado;
não peques mais, para que não te aconteça coisa pior” (João 5:14). À mulher acusada de adultério,
e usada como uma isca para pegar Jesus numa falha, Ele disse:
“Nem eu te condeno. Vai e não peques mais” (João 8:11). Fica evidente aqui que Jesus
sabia que ela era culpada, mas viu nela maior arrependimento do que
daqueles homens que a acusavam. Mas isso não anulou Sua ordem de mudar de
vida. A mensagem inicial de Jesus se pautava no arrependimento:
“Daí em diante, Jesus começou a pregar, dizendo:
Arrependei-vos, porque o reino do céu chegou” (Mateus 4:17). Na Bíblia o
arrependimento significa sofrer uma mudança de mentalidade. Essa mudança
não é uma simples mudança de opinião pontual, mas uma mudança completa na
direção de nossas vidas. Implica numa mudança radical do pecado a Cristo.
Portanto, fica vidente nas páginas do Novo Testamento que Jesus nunca
aceitou o pecador nem o pecado, mas aquele que, arrependido, suplicava Seu
favor.
O Jesus do Beto acha que basta ser
sincero ao dizer que está amando outra pessoa; o Jesus da Bíblia diz que
basta olhar com outra intenção que você já pecou no coração (Mateus 5:28).
O Jesus do Beto não vê diferenciação entre homem e mulher, pois o que
importa é apenas amar; o Jesus da Bíblia nunca falou de amor entre pessoas
do mesmo sexo, Seu conceito de amor era centrado no respeito e não numa
sexualidade hedonista. O Jesus da Bíblia tinha em mente o casamento entre
um homem e uma mulher (Mateus 19:1-11). O Jesus do Beto é apenas uma
figura patética e vazia, um humanista sem graça e que conduz a uma
revolução que vai do nada para lugar algum. O Jesus da Bíblia é o Deus
encarnado (João 1:14), que veio com um único propósito: mostrar a glória
do Pai (João 17:4). Ele veio para salvar o perdido e trazer a esperança de
que a vida com Deus implica numa mudança radical (Mateus 4:18-22). O Jesus
do Beto é um revolucionário como Che Guevara, humano e nada mais que isso.
O Jesus da Bíblia traz uma revolução no coração humano, mudando o coração
de pedra em um coração de carne, trazendo vida à nossa morte, luz em
nossas trevas, graça que supera o pecado.
Que pena que Beto não conseguiu ver
Jesus além de uma filosofia humanista. Esse Jesus vai morrer com suas
ideias. Mas o Jesus da Bíblia está vivo, transforma mentes e corações,
abrindo-nos para a verdade, de que somos pecadores e carecemos da graça de
Deus (Romanos 3:23). Esse Jesus que nos leva ao arrependimento e nos
apresenta ao Pai para sermos filhos adotados pelo grande amor de Deus é o
Jesus verdadeiro; Ele é quem oferece ao pecador arrependido a graça
maravilhosa e não uma filosofia humanista baseada no mérito
próprio.
Uma
ótima semana com abraços fraternos em Cristo. Pr. Gilson
Jr.
(OBRIGADA DR.ARNALDO PELA COLABORAÇÃO VIA E-MAIL.)
Um comentário:
"O Jesus do Beto é um revolucionário como Che Guevara, humano e nada mais que isso."
Creio que o Pr. Gilson Jr. desconhece che guevara, que de humano não tinha absolutamente nada.
Conheça sua obra no link abaixo.
http://overdadeirocheguevara.blogspot.com.br/2011/05/paulo-martins-che-guevara-o-assassino-o.html
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